Não existe receita, mas a verdade é que os pais têm que encontrar uma forma de estabelecer a troca de ideias com seus filhos. Que tal falar de seu dia, de seus afazeres ou, ainda, de algo que seja de interesse de seus filhos? Assim – sem que seja necessário um interrogatório -, você vai estimular a reciprocidade natural e consolidar a prática do diálogo, um ingrediente fundamental para prevenir conflitos e gerar confiança.

Lembre-se de sua época de escola: os conflitos existiam, não? Nos conflitos escolares, muitas vezes, a problemática é simples, e os envolvidos podem entrar em acordo sozinhos ou com a interferência de alguém que assuma o papel de mediador. Por isso, fique atento: desavenças e desentendimentos não são necessariamente agressões, pois essas são situações comuns nas interações humanas. Porém, quando a situação ultrapassa a questão do conflito (da divergência) e torna-se uma perseguição sistemática, aí, sim, podemos estar diante de uma situação de bullying.

Quando um conflito estiver presente devido a um mal comportamento de seus filhos, analise, com eles, a atitude que tomaram e explique que, para cada atitude errada, existem consequências. Tente entender, também com eles, o que está acontecendo. Incentive o diálogo. Incentive a escuta de todos os envolvidos na situação conflituosa. Evite gritos e tente não perder a razão, por mais desafiadora que seja a situação. A forma como você fala com seus filhos ajudará bastante para que você seja escutado e para que o mal comportamento se altere.